quarta-feira, 8 de junho de 2011

Portugal Em Campanha Enquanto Número De Pobres Aumenta




"Os candidatos falam de pobreza, mas tenho sérias dúvidas de que proponham as medidas mais adequadas para a promoção de uma verdadeira inclusão social", afirma ao jornal espanhol a economista Isabel Jonet, a líder de uma organização que, entre os 240 bancos alimentares existentes na Europa, é considerada pela associação europeia deste tipo de organismos como "o banco modelo, por ser o mais eficiente e por recolher mais e ter uma maior harmonia nas fontes de abastecimento".
O BA apoia 1980 instituições de solidariedade social e ano passado mais 17,35% de pessoas que em 2009. Este aumento, que reflecte o agravamento da crise social que começou em 2007 com o aumento dos juros do crédito à habitação. "São os novos pobres, que praticamente usam todos os seus rendimentos para pagar créditos", diz Jonet ao El País, explicando que a situação se agravou a partir de 2009 com o aumento do desemprego e da probreza conjuntural: "São pessoas que não podem fazer face a créditos nem às necessidades da família. Trabalhadores pobres e desempregados."
O INE diz que há cerca de dois milhões de pessoas abaixo do limiar a pobreza. Metade é composta por idosos com mais de 70 anos, que recebem pensões de 280 euros e fazem parte da pobreza estrutural. "Uma pesada carga para o governo que sai, socialista, ainda que a pobreza estrutural neste país tenha uma trajectória tão dilatada que comprometa também quem ocupou o poder anteriormente", escreve o correspondente do diário espanhol em Portugal, dando conta da última sondagem do jornal luso Público e da TVI, segundo a qual o PSD está em vantagem sobre o PS e poderá vir a formar governo maioritário com o CDS.
Apesar dos efeitos negativos, Isabel Jonet considera que "não havia outra alternativa" ao plano de austeridade imposto pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu, em troca do resgate financeiro de 78 mil milhões de euros. "Vai ter um custo social muito elevado. Vai castigar todos e os mais pobres também. Mas vai injectar na sociedade portuguesa a noção de que é necessário um esforço individual. As pessoas estavam acostumadas a que o Estado e a União Europeia acabassem por resolver [os problemas] e não assumiam as suas próprias responsabilidades", salienta a presidente do BA, admitindo que o organismo que dirige terá "menos produtos para distribuir" e que terá de ser "mais inovador para ajudar as instituições a serem mais eficientes".

Fonte: dn.pt

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