Ivan da Silva Santos, 11 anos, engrossa a estatística de crianças assassinadas. Ao meio dia de 6 de janeiro de 2009, um tiro de pistola no rosto, disparado por um vizinho de 13 anos, o incluiu na relação de milhares de jovens mortos de forma violenta em todo o mundo. Os registros vão desde os massacrados pela polícia nas ruas do Rio de Janeiro, São Paulo, Honduras, México, Nova Iorque ou Paris, às crianças abatidas pelos foguetes palestinos lançados em Israel e às vítimas dos bombardeios do exército israelense na Faixa de Gaza. Há ainda os que morrem de fome na África, no Vale do Jequitinhonha e em outras regiões do planeta. Assusto-me e sinto que, a cada tragédia, um valioso pedaço do nosso futuro está sendo arrancado de nós, não somente pelas guerras, mas igualmente pela exclusão social.
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